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JIBOIA

Pesquisadora

Same Huni Kui
Amanda Martins da Silva Kaxinawa

Obras

Obra | GIBOIA
Técnica |
Data |
Descrição |

Statement

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Território

Aldeia Pinuya “Terra do Beija-flor” - Tarauacá - Acre
Data de Nascimento: 19.02.1994

Biografia

Nascida na Aldeia Pinuya ou “Terra do Beija-flor”, Tarauacá (AC), Amanda Martins da Silva Kaxinawa carrega em sua trajetória a força de quem transita entre a preservação cultural e os desafios da modernidade. Alfabetizada em português, em um local onde apenas três famílias falavam Hâtxa Kuí, sua língua mãe, ela emergiu como professora aos 18 anos, desafiando distâncias de 18 km ir até a cidade estudar, e voltava para educar sua comunidade, sendo o trabalho de Professora seu primeiro trabalho formal.

Recentemente concluiu a Licenciatura Indígena na UFAC Universidade Federal do Acre no Campus em Cruzeiro do Sul. Sua arte – expressa em grafismos, pinturas, tecelagem e dança – é um portal direto à cosmovisão de seu povo, onde padrões ancestrais, inspirados em animais e raízes, dialogam com a escrita tombada como patrimônio nacional. Herdeira do legado da avó, Same Francisca Catarina de 95 anos, mestra tecelã que transformava algodão em narrativas têxteis sem máquinas utilizando as mãos para criar roupas no meio da floresta, Amanda traduz em suas obras a inteligência coletiva de uma família que, mesmo sem formação acadêmica, domina a música, o desenho e os ritos como ciências da existência.

Hoje, Same Huni Kuí reconecta-se à arte como ato político e afetivo, após superar rupturas pessoais e profissionais. Determinada a construir um museu comunitário e uma biblioteca que honrem a memória de seu avô, o pajé, e de sua avó tecelã, ela planeja publicar um livro ilustrado, transformando histórias orais em registros visuais acessíveis às novas gerações.

Sua recente circulação pelo Paraná, compartilhando saberes medicinais e arte ancestral, revela uma artista-mediadora que não apenas resiste, mas inova: usa pincéis e tintas para reviver espíritos grafísticos, enquanto sonha com um ateliê ampliado, espaço de convergência entre lamparinas e tecnologias. Em cada traço, Same guarda a memória de seu povo, resgata a escrita que é patrimônio imaterial da humanidade, e leva a mensagem da Terra do Beija-Flor, da aldeia Pinuya para um voo de resistência criativa na floresta.

Reflexões durante a Residência

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Ofrenda 

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